A PRIMEIRA CONVOCAÇÃO DA REUNIÃO PARA O ENGENDRAMENTO DO MOVIMENTO DOMINGOS SIMÕES PEREIRA PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU, AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS DO DIA 24 DE NOVEMBRO DE 2019

Caros irmãos e irmãs,

Saúdo a todos e desejo que esta reunião se revele proveitosa e inspiradora. Este é um momento singular em nossas vidas, no qual temos a oportunidade de compartilhar experiências políticas e outras perspectivas, além de tomar uma posição clara em relação à nossa adesão ao movimento que, em um futuro próximo, se consolidará como uma base sólida do nosso histórico Partido, o PAIGC. Minha esperança é que, ao final deste encontro, todos se sintam realizados, especialmente no que diz respeito à capacidade de se posicionarem, tanto como acadêmicos quanto como políticos, para contribuir com a transformação estrutural da República da Guiné-Bissau. Acredito que esta seja a aspiração de todos os guineenses conscientes dos problemas sociais que afligem nosso país.

A condição de indigência que vivenciamos em Guiné-Bissau tornou-se insustentável, assim como a mediocridade política e intelectual que tem marcado a liderança presidencial nos últimos anos. A inadimplência dos nossos governantes no cumprimento das leis fundamentais da República tornou-se um imperativo categórico para que nos unamos com o propósito de combater a incompetência, a mediocridade e o despreparo político, além do abuso de poder que permeia o Estado guineense. Por um longo período, essa situação tem gerado em nós profunda indignação e revolta, especialmente ao testemunharmos a vaidade dos governantes, que se vangloriam, contraditoriamente, por não cumprirem as obrigações que lhes foram atribuídas ao assumirem o poder. Ao invés de restaurar a ordem social, promover a paz, a estabilidade política e revitalizar a economia do país, conforme o mandato popular, preferem ostentar uma atitude de desrespeito a essas responsabilidades.

Os nossos políticos falharam em suas promessas, mergulhando o país em uma crise contínua e lançando desespero, frustração e descrença nos corações de nossas mães e crianças. A falta de confiança da população nos líderes políticos é resultado direto de suas ambições pessoais, que têm levado a nação a um declínio constante. Nossas mães e filhos, aqueles que deveriam ser os mais protegidos, hoje vivem sem esperança de melhorias em suas condições de vida.

É por isso que acredito firmemente que este é o momento de união. Devemos fortalecer este movimento, que tem o potencial de gerar ideias e iniciativas capazes de influenciar positivamente a política guineense. A união de nossas forças, intelectuais e políticas, pode ser o caminho para transformar a realidade do nosso país.

Com isso, deixo-lhes o meu fraterno abraço.

Atenciosamente,  
Eusébio Djú

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