ROBADUR DO AUSENTE
No quintal do ausente
ladrão dança
danifica o esperançado
chegando a conclamar
anunciando a sua propriedade
vida afora, choraminga-se de não estar presente
embusteiro estraga pimenta
com a sua negrura
Deplora-se o coração ausente
a única esperançada
Na ausência
Trapaceador a leva até ao crepúsculo
A brasa do patenteado manifesta
inconveniente decisão do aufere parlamentar
Ele
arrima-se de candura
ao pôr do sol, logra-se a remissão
sortudo ganha-se uma nova era
Ausência no quintalejo
a sua verdura transforma-se
em sucata
A mente de comprazimento do possuidor apieda-se
Ausência
no seu desatento algures
plano de quem lhe furta
desonesta consciência
grita-se de ser ladrão de protuberância
Numa noite sem luzes
se exaspera penetre
consume a única
ausência
( Eusébio Annan Alves Djú, unilab, 2017)
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